O Que É Ser Português? - Jorge H. A. Saraiva

 


Introdução

 

É, ser herdeiro de um otimismo militante, quando nos deparamos com o infortúnio, somos sempre catapultados com a ideia que podia ser pior, olhamos à volta e descobrimos sempre quem esteja pior que nós. É ter uma resiliência difícil de igualar. Resiliência que vem desde os primórdios da Lusitânia. Descendentes de Viriato, um rude pastor oriundo dos Montes Hermínios, pai da pátria lusa, que morreu traído por Ditalcadas, Audas e Minuro, seus companheiros, aliciados pelo general romano Quinto Cépio a trair o chefe e amigo. A nossa fundação foi um acervo de temeridade, em que o 1º Rei de Portugal, cujo cognome foi “O Conquistador”, borgonhês de berço e neto do Rei Roberto II de França, foi capaz de sonhar e ambicionar mais que um condado. Estes factos e o cometido maior de alargar o território, deixou-nos a ambição que nos superarmos e a resiliência para tal.


     História de aquém e além-mar 

É ser o grande obreiro da epopeia dos Descobrimentos, dando mundos novos ao mundo, onde um Rei (D. Dinis) teve a mundividência de plantar um pinhal que pudesse fornecer as matérias-primas necessárias à construção de naus. Aportando instrumentos a um Infante (D. Henrique) que, copilou todos os conhecimentos da arte de marear, sendo provavelmente o grande percussor daquilo que hoje designamos como mundo globalizado, não só pelas novas terras e riquezas conquistadas, mas pelos enormes fenómenos de aculturação que desenvolvemos e assimilamos, fazendo de nós o povo mais cosmopolita da época.

Somos, também, gente que não soube criar riqueza para o país e de a manter, permitindo que outras nações tirassem vantagem da nossa escassa dimensão humana. Relegando a(s) nossa(s) conquista(s) para outras praças, as especiarias, que geraram riqueza comercial e desenvolveu esses (países), disputando as “nossas rotas” comerciais, disputadas em alto-mar.

Somos um povo capaz de se reerguer, vezes sem conta com uma ponta de loucura, exemplos disso foram: a crise de sucessão pela Morte de D. Sebastião, que Pessoa descreveu desta forma messiânica (Benedictus Dominus deus Noster qui Dedit Nobis Signum)1 e desta forma sublime “Louco, sim, louco, porque quis grandeza\ Qual a Sorte a não dá.\Não coube em mim minha certeza;\Por isso onde o areal está\Ficou meu ser que houve, não o que há.\Minha loucura, outros que me a tomem\ Com o que nela ia.\Sem a loucura que é o homem\ Mais que a besta sadia,\Cadáver adiado que procria? (Pessoa, 2020). A solução de governação encontrada no Cardeal D. Henrique (Velloso, 1946), apenas adiou o inevitável domínio Castelhano sobre Portugal, cuja dinastia Filipina, durou de 1580 a 1640, onde, uma vez mais, numa demonstração inequívoca de resiliência, bravura e coragem, pela mão do denominado grupo dos 40 conjurados (Velloso, 1946) recuperamos a nossa independência.

Desta vitória ressalta, o labor de encontrar um novo desígnio para Portugal, que à época atravessava um período de declínio pós-restauração, havendo para os séculos que se seguiram o sentimento de devolver a esperança às elites e ao povo inteiro. No século XVII, o Pe. António Vieira (Pereira, 2005), no seguimento do pensamento do mito das Três Idades, do monge Joaquim de Flora (Franco, 2005), que acabaria por ligar o Padre jesuíta à ação civilizadora dos portugueses, em resposta ao vazio identitário de um povo, à procura de reconciliação com o seu passado e o seu presente, na procura de sentido. Preconiza que o Império Português seria considerado o quinto e último império do mundo. Através de um reinado temporal e espiritual, que levaria a cristã para todo o mundo e promoveria a paz e a felicidade por mil anos de abastança, a chamada Idade do Ouro, que resultaria no fim dos tempos.

A reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1 de novembro de 1755, que destrui quase por completo a cidade de Lisboa, atingindo ainda, grande parte do litoral do Algarve e Setúbal. Seguido de um terrível maremoto - que se crê que tenha atingido a altura de 20 metros precedido de múltiplos incêndios, fez mais de 10 mil mortos (há quem aponte mais). Marcando o que alguns historiadores chamam a pré-História da Europa Moderna. Perante tal catástrofe, encabeçados por um homem extraordinário no seu tempo, o Marquês de Pombal (Barata, 2016), num perfeito exemplo de despotismo esclarecido, forma de governo que combinava a monarquia absolutista com o racionalismo iluminista, reconstruimos, reformamos e desenvolvemos o país.


Estados de Alma e o sentir

 

Falar do ser e sentir português e pese embora as enormes riquezas que conquistámos, nunca foi fator de desenvolvimento e afirmação no mundo, onde sempre tivemos necessidade de ostentar em vez de desenvolver o nosso Portugal. Exemplo do afirmado é a embaixada de D. Manuel I ao papa Leão X (Alves, 1984), cujos relatos da época são uma inequívoca manifestação de ostentação e sumptuosidade. Falta cumprir o quê, para que se cumpra a promessa afinal tão antiga, tão profeticamente “inevitável” (Pereira, 2005), do Quinto Império?

Somos herdeiros de Camões, Padre António Vieira, etc… representantes da nossa giesta que, que sob a missão de espalhar a mensagem de Cristo (Davenport, 1917), podíamos (devíamos) ter sido educadores do Império Português, afirmando a nossa cultura, e a nossa personalidade, em vez de uma histórica perda, desculpabilizada pela nossa capacidade de nos adaptarmos às circunstâncias, afirmando-nos orgulhosamente poliglotas, esquecendo que o sentimento de pertença a uma nação, tem de ser alicerçado num povo, num território, numa bandeira, numa moeda e, claro, numa língua. Como caso paradigmático da nossa herança, dou o exemplo que em Macau, há cerca de 150 mil portugueses que não dizem uma palavra de português.

Também o facto de não nos reconciliarmos com a história e sermos, ainda hoje, assombrados pelas consequências do regicídio do Rei D. Carlos I e de seu filho D. Luís Filipe (Samara, 2008), que deu origem à primeira República abrindo um ciclo de desordem e agravando as finanças públicas, que foram, em desespero de causa, confiadas a um jovem professor de Coimbra (Braz, 2008) com fama de brilhante asceta (Oliveira Salazar), na boa tradição da pequenez do nosso país. Neste período a europa foi marcada por fenómenos nacionalistas sobejamente conhecidos pela contemporaneidade. Salazar usou de uma governação com mão de ferro e reorientou o leme desta “jangada de pedra” (Saramago, 2018), recuperando a credibilidade internacional, acondicionando Portugal, aquilo que foi retratado pela nossa, Amália Rodrigues (Rául Ferreira, 1953) “Numa casa portuguesa fica bem \ Pão e vinho sobre a mesa (resignação face à escassez) \E se à porta humildemente bate alguém\Senta-se à mesa com a gente (a generosidade de bem receber e partilhar) essa fraqueza fica bem\Que o povo nunca a desmente (a uniformização de comportamento) \A alegria da pobreza (a resignação com a vida) \Está nesta grande riqueza\De dar e ficar contente\Quatro paredes caiadas\Um cheirinho à alecrim\Um cacho de uvas doiradas\Duas rosas num jardim\Um São José de azulejo\Mais o sol da primavera (a felicidade nas coisas simples e pequenas) \Uma promessa de beijos\Dois braços à minha espera (a exaltação da família) uma casa portuguesa com certeza\ (…) ”. Foi a estratégia em contracorrente, de segurar o império entre duas guerras mundiais e que numa guerra colonial sem sentido, que custou a vida à juventude do país que partira para defender algo indefensável (Loff, 1974). Fosse pela nossa posição de orgulhosamente sós, fosse por tentar parar a onda da democracia (Huntington, 1992) que se espalhava pelo mundo e que culminou, numa revolução denominada dos “Cravos”, onde, sem o derramamento de sangue que costuma estar associado a estes eventos, fomos capazes de efetuar uma transição para a esfera democrática com os exageros associados e cujas faturas pagámos na primeira intervenção do FMI (Naves, 2017) pois, uma vez mais as finanças do país ruíram.

Somos, também, o povo que se resigna face à ausência de respostas ao acidente/atentado de Camarate (Barreiros, 2015) (Gouveia, 2020), que vitimou o Dr. Francisco Carneiro, primeiro-ministro à época, e os seus acompanhantes que, de forma cíclica, dá origem a uma comissão de inquérito, ou a “alguém que diz ter sido o bombista”, etc… descredibilizando o nosso sistema judiciário e judicial. Este tema continua a ser abordado na sociedade portuguesa, tanto em conversas e insinuações nas esferas baixas e populares, como entre as elites, de onde destaco o Senhor Presidente da República.

Como perante o abismo, temos sempre a “valentia” de dar um salto em frente, como na travessia do cabo das tormentas, em 1986, demos esse passo na adesão à CEE (Chaves, 2013), com esta medida, fomos capazes de operar mudanças necessárias, para dotar o país com mais e melhores infraestruturas: redes viárias, promover melhor competitividade nas empresas e tentar recuperar a nossa veia cosmopolita dos séculos XVI e XVII (Belchior, 1971), sem por isso deixar de sacrificar a nossa agricultura e pescas, trocadas por subsídios, que vieram promover o consumismo (Mateus, 2015) e de alterar radicalmente a nossa distribuição populacional, alocando cerca de 60% da população ativa à faixa litoral (interior, 2016). De conquista em desaire, vamos vivendo, sempre em sobressalto, com a depreciação do Estado-Providência, gizado por homens como António Arnaud que criou o SNS (Alvim, 2019), onde a pressão dos privados deixa tantas e tantas vezes comprometidos os cuidados de saúde, até então dados como adquiridos pela Constituição e agravando desigualdades sociais, diminuindo o desejável elevador social, castrado a meritocracia e minando a democracia.

Este estado de coisas agravou-se com os escândalos que expuseram a fragilidade do nosso sistema de justiça, onde rapidamente se condena ou inocenta, fora dos tribunais; onde, nestes, os processos arrastam-se a coberto do direito dos arguidos, passando a mensagem que, de facto, a justiça é para quem tem recursos para a pagar, seja pela via da defesa ou pela via do patrocínio de uma qualquer ação civil ou criminal. Exemplo disso é o processo (Operação Marquês), onde um ex-primeiro ministro (Oliveira, 2019) se encontra há 7 anos por decidir nos tribunais, mas mais que julgado, pelos órgãos de comunicação social, pelas violações do segredo de justiça, sem qualquer desfecho à vista, mas também nos casos BES, BPP, BPN, REN, etc... Fomos, uma vez mais, capazes, com enorme esforço, de superar uma intervenção externa por parte da denominada Troika (FMI; BCE e Comissão Europeia) (Lusa, 2012) que tentou impor reformas para relançar a nossa economia. Fomos capazes de as superar e retomar a nossa soberania e pasme-se, conseguimos pela primeira vez e em Democracia, ter um superavit orçamental2. Eis que surge uma pandemia e, novamente, somos postos à prova para continuar a remar nesta eterna “jangada de pedra” (Saramago, 2018).

Civismo e Cidadania

Continuamos a discutir política nos cafés, a reclamar desta ou daquela disposição governamental e quando chega o dia em que, em Democracia, nos poderíamos exprimir, votando. A maior parte de nós tem sempre uma desculpa para não participar, evocando que ou “é porque chove”, ou “porque está um belo dia de sol”, ou “porque joga o clube do seu coração”, ou “porque é dia de descanso”, e a eterna frase popular de “… são sempre os mesmos…” serve de consolo ou expiação da culpa, deixando no ar que, mesmo que participássemos, nada ia mudar, e acreditando naquilo que designamos por destino, o que num principio escatológico cristão, poderia decalcar-se de “Jesus Cristo, sendo rico, fez-se pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza 3.

Os portugueses vão além dos mitos fundadores e sabem que o nosso egrégio Portugal foi quase sempre pobre; que, quando circunstâncias ocasionais fizeram cair sobre o país especiarias orientais, ouro do Brasil ou fundos europeus, foram sempre para alimentar vaidades de reis, presunções de elites, sumptuosidades para estrangeiro ver, daí a expressão para Inglês ver4, rotundas, autoestradas e viadutos em demasia, tanto que alguns se encontram abandonados. Recursos que nunca foram verdadeiramente alocados para criar as estruturas indispensáveis ao desenvolvimento e ao bem-estar dos portugueses.

Tempos houve em que, ser português significou apenas ser súbdito do Rei de Portugal, que foi, durante séculos, um reino multiétnico e multirreligioso. Na Holanda do século XVII ser da nação portuguesa significava à partida ser judeu sefardita (Francisco Assunção, 1999) muitos dos seus descendentes estiveram entre o grupo que Aristides de Sousa Mendes (Mendes, 2013) salvou com a chancela portuguesa no passaporte de serem chacinados pelos nazis 5. Ser português significou, também, apenas ser nascido em Portugal. Mais recentemente, isso mudou e ser português passou a significar ter pais portugueses.

Juridicamente, ser português significa ser cidadão reconhecido enquanto tal pelo estado português 6. Pensemos, pois, que o mais importante é criar uma comunidade inclusiva, desenvolvida e dinâmica, que nos permita não só ser português, mas criar as condições para florescer a sê-lo.

Fomos Henriques, Heitor Pinto, Sanches, Mateus Fernandes, Camões, Vieras, Espanca, Pessoa, Albuquerques e somos Silvas, Saramagos, Ulrichs, Espirito Santo, Saraivas, Santos, Cavacos, Pinto de Sousa, Andrades, Costas, mas também Katar Moreira, Vladimir, etc… fruto da nossa capacidade de integração e assimilação do outro, Seja bem-vindo quem vier por bem/Se alguém houver que não queira/Trá-lo contigo também (Afonso, 1970).

Somos individualistas, embora queiramos parecer solidários, porque o nosso pensamento dominante é “pagar e morrer, o mais tarde que possa ser 7; isto é tão mais verdade, quanto o que se passa com o pagamento dos impostos

– que de forma pouco pretensiosa defino com obrigação individual para satisfação da necessidade coletiva pois, se se puder escapar-lhes, não nos pesa a consciência.

Possuímos uma vaidade considerável, pois, mesmo que faltem em casa algumas coisas, temos de, na rua, mostrar abastança, traduzida nomeadamente no automóvel que conduzimos, que quase parece uma presunção fálica.

Acatamos a autoridade e a ordem com relativa pacatez e obediência, quando no estrangeiro, faz de nós trabalhadores admirados além-fronteiras. Todavia, em contradição com o nosso individualismo, somos generosos 8 para com todos os que são acometidos pela desgraça ou infortúnio.

Por natureza, somos tristes e nostálgicos (a eterna e intraduzível saudade)9, ainda que nos julguemos alegres; esta saudade, anda agarrada a nós como uma segunda pele, como uma sina desconcertante e que teima para o abismo escatológico do fim, sempre presente.

Este ser e o amor a Portugal, encontra eco na musicalidade imortalizada por Amália Rodrigues (Mello, A Prece, 1987) Talvez que eu morra na praia\Cercado em pérfido banho \Por toda a espuma da praia\ Como um pastor que desmaia\ No meio do seu rebanho\ Talvez que eu morra na rua\ E dê por mim de repente\ Em noite fria e sem luar\ Irmão das pedras da rua\Pisadas por toda a gente\Talvez que eu morra entre grades\No meio de uma prisão\Porque o mundo além das grades\Venha esquecer as saudades\Que roem meu coração\Talvez que eu morra de noite\Onde a morte é natural\As mãos em cruz sobre o peito\Das mãos de deus tudo aceito\Mas que eu morra em Portugal!

          Considerações Finais 

O ensaísta e pensador que nos deixou recentemente, Eduardo Lourenço, disse “Nação pequena que foi maior do que os deuses em geral o permitem, Portugal precisa dessa espécie de delírio manso, desse sonho acordado que, às vezes, se assemelha ao dos videntes (Voyants no sentido de Rimbaud10) e, outras, à pura inconsciência, para estar à altura de si mesmo. Poucos povos serão como o nosso tão intimamente quixotescos, quer dizer, tão indistintamente Quixote e Sancho. Quando se sonharam sonhos maiores do que nós, mesmo a parte de Sancho que nos enraíza na realidade está sempre pronta a tomar os moinhos por gigantes. A nossa última aventura quixotesca tirou-nos a venda dos olhos, e a nossa imagem é hoje mais serena e mais harmoniosa que noutras épocas de desvairo o pôde ser. Mas não nos muda os sonhos” (Lourenço, 1988)

Não poderia encerrar este ensaio sem exaltar todos estes sentimentos a propósito do amor e da nossa veia poética, que sintetizam todo o pensamento que aqui desenvolvo (Espanca, 1931), \Ser poeta é ser mais alto, é ser maior\Do que os homens! Morder como quem beija!\É ser mendigo e dar como quem seja\Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!\É ter de mil desejos o esplendor\E não saber sequer que se deseja!\É ter cá dentro um astro que flameja,\É ter garras e asas de condor!\É ter fome, é ter sede de Infinito!\Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...\É condensar o mundo num só grito!\E é amar-te, assim, perdidamente...\É seres alma, e sangue, e vida em mim\E dizê-lo cantando a toda a gente!

Não fomos capazes de fazer desta jangada de pedra o oásis de alegria e prosperidade que os poetas afirmaram sermos; mas somos o povo que, apesar de todas as contrariedades e pequenez geográfica, saiu dela, se agigantou, foi longe, descobriu, conquistou e regressou, umas vezes rico, outras mais pobre mas acima de tudo, continua cá!

 

 

Jorge H. A. Saraiva

Obra submetida a concurso
"O Que É Ser Português?"

ENSAIO

Edição 2021

 

NOTAS:

[1] Bendito Deus Nosso Senhor Que Nos Deu O Sinal.

[2] Portugal registou um excedente orçamental de 0,2% do PIB em 2019, fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)..

[3] São Paulo – Coríntios 8,9.

[4] Adágio popular - para efeito de aparência, sem validez.

[5] Citação de Aristides de Sousa Mendes “Era realmente meu objetivo salvar toda aquela gente, cuja aflição era indescritível.”.

[6] Embora a Constituição da República Portuguesa não o defina, a cidadania pode ser compreendida como um direito fundamental ligado a uma nacionalidade: o «direito a ser membro da República Portuguesa». Exige, portanto, um vínculo ou conexão relevante a Portugal — ter nascido em território português, ser filho ou neto de portugueses, casarse com um cidadão português que justifique tal estatuto de inclusão/pertença à comunidade política e jurídica portuguesa. De qualquer forma, a Constituição não admite distinções entre cidadãos originários e cidadãos naturalizados; excetuase a exigência de que o presidente da República seja português de origem.

[7] Provérbio português.

[8] Citação de Jorge Sampaio na entrega do prémio Nelson Mandela – (…) Os portugueses são um povo bravo, generoso, extrovertido e resiliente. São tolerantes, têm a mente aberta e são cooperantes, (…).

[9] Do Blog https://www.portugal-realty.com/ “Saudade pode ser tão simples como o desejo de uma comida específica ou tão complexo como o luto por um amor que perdemos. É um sentimento presente no nosso quotidiano, mas em Portugal é também uma forma de cultura e identidade nacional.”


REFERÊNCIAS:

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            D.Henrique. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade

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